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Produtora de conteúdo move ação contra Igreja de Porto Velho; ela alega que foi expulsa do culto por causa da roupa

Produtora de conteúdo move ação contra Igreja de Porto Velho; ela alega que foi expulsa do culto por causa da roupa

Imagem-do-WhatsApp-de-2024-11-05-as-19.27.00_977698da-461x1024 Produtora de conteúdo move ação contra Igreja de Porto Velho; ela alega que foi expulsa do culto por causa da roupa

Tramita no 4º Juizado Especial Cível de Porto Velho, sob os autos de nº 7054532-70.2024.8.22.0001, uma ação movida pelo casal Jéssica Araújo (@jessica.araujom), modelo e produtora de conteúdo adulto, e Thiago Tabosa, investidor, contra a Igreja Pentecostal Deus é Amor. A primeira audiência do caso está marcada para o dia 21 de novembro. Eles pedem à Justiça R$ 19,5 mil em indenização por danos morais.

Relato do casal sobre os fatos

De acordo com a peça inicial apresentada pelo casal, os eventos que motivaram a ação ocorreram no dia 3 de outubro de 2024. Naquela data, Jéssica e Thiago compareceram ao culto da tarde na sede da Igreja Pentecostal Deus é Amor, como de costume, antes de seguirem para a academia. Durante o culto, Thiago foi abordado por uma membra da igreja que sugeriu que Jéssica deveria se vestir com mais “respeito”.

Thiago, conforme relatado na inicial, questionou a membra e a desafiou a mostrar uma agem na Bíblia que condenasse o uso de roupas de academia. “E Thiago entra em confronto com a membra, desafiando esta a mostrar-lhe na Bíblia o versículo que condenava as vestes de academia de Jéssica”, descreve o documento.

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Jéssica Araújo trabalha divulgando a própria imagem nas redes sociais / Reprodução

O pastor Renato Lemos, responsável pela sede, que, segundo o relato, já havia enfrentado confrontos anteriores com Thiago, interveio na situação. “E Renato, o pastor da sede, que perseguia Thiago, mandando obreiros o intimidar dentro do banheiro, para que a multidão não visse, e ameaçando registrar Boletim de Ocorrência contra Thiago, foi intervir no confronto”.

Renato teria apoiado a membra e instruído que Thiago e Jéssica deixassem o templo caso continuassem a questionar. Thiago, por sua vez, insistiu que o pastor mostrasse na Bíblia ou no regimento interno da igreja algo que justificasse a condenação das vestimentas. “Mas Thiago não cedendo a ameaça de Renato, pois Thiago sabia que estava em seu direito de expressão de pensamento, continuou a confrontá-lo”.

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Página 1 do Boletim de Ocorrência registrado pelo casal contra o pastor Lemos / Reprodução
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Página 2 do Boletim de Ocorrência registrado pelo casal contra o pastor Lemos / Reprodução



Reação dos fiéis e intervenção dos seguranças

A discussão atraiu a atenção dos fiéis presentes, estimados em cerca de 50 pessoas. Parte da congregação teria se manifestado contra a conduta do pastor Renato, afirmando que todos deveriam ser aceitos na igreja independentemente de suas vestes. A crescente tensão levou o pastor a acionar os seguranças do templo.

“E Renato, percebendo o grande alvoroço dentro da igreja, vendo fiéis levantarem de seus lugares, para discordarem de sua conduta, chamou os dois seguranças da igreja, para expulsar Thiago e Jéssica”. Os seguranças se aproximaram e, portando cassetetes, pediram que o casal deixasse o local de forma pacífica. Thiago recusou a sair, afirmando que desejava assistir ao culto. Entretanto, a possibilidade de acionar a polícia foi levantada pelos seguranças, levando o casal a deixar o templo.

“E os dois seguranças da igreja chegam e ficam bem próximos de Thiago, o fechando, e cada um segurando em seu cassetete, para intimidá-lo”, prossegue o relato.

Conversa com pastora e decisão de ação judicial

Ainda segundo a peça inicial, após o casal ser expulso, uma pastora conhecida do casal tentou mediar a situação. “E […], pastora da igreja, que conhecia Thiago e Jéssica de muitos cultos, foi até eles, para entender melhor o porquê do profundo alvoroço”. Thiago questionou a pastora: “Quantos cultos você já viu a gente ir com roupa de academia? Mais de 20!”, ao o em que ela teria confirmado com um gesto de concordância.

Os autores da ação alegam ter sofrido “graves transtornos emocionais” em decorrência do ocorrido e, por isso, optaram por mover a ação por danos morais.

“Busco a Igreja como cura, remédio da alma. E lá fui tratada desse jeito, expulsa. É humilhante”, concluiu a modelo.

Informa Rondônia tentou contato com o pastor Renato Lemos, mas, até o fechamento da reportagem, não obteve êxito. O espaço está aberto para eventuais manifestações.

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